Ibovespa tem leve alta na contramão do exterior; Pão de Açúcar (PCAR3) lidera ganhos e Braskem (BRKM5) cai
O Ibovespa oscila entre o positivo e o negativo desde o início da sessão desta quarta-feira (03). Por volta das 13h45, o índice avançava 0,19% a 132.943 pontos.
O petróleo opera com altas próximas a 1%, beneficiando assim o desempenho da Petrobras. Petrobras ON (PETR3) sobe 1,85% a R$ 40,10, e Petrobras PN (PETR4) avança 1,83% a R$ 38,48.
O minério de ferro fechou em alta nesta madrugada em Dalian e em Qingdao, na China. A Vale (VALE3), por sua vez, opera na contramão, com -1,05% a R$ 76,24.
A maior alta neste início de tarde é de Pão de Açúcar (PCAR3), com +2,86% a R$ 4,31. Na ponta negativa, o destaque fica com Braskem (BRKM5), -3,98% a R$ 20,28.
Mercado em NY
As bolsas de Nova York abriram em queda nesta quarta-feira, à espera de dados de emprego e da ata da mais recente reunião do Fomc.
Confira o desempenho do mercado em NY por volta de 12h15:
- Dow Jones: -0,59% a 37.493 pontos
- S&P500: -0,68% a 4.710 pontos
- Nasdaq: -0,97% a 14.622 pontos
No radar dos investidores
O Ibovespa hoje deve repercutir a divulgação da ata da última reunião do Fomc, marcada para às 16h. O documento, referente à decisão de manter a taxa Fed Funds no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano, deve dar mais pistas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos. Ainda no plano internacional, ao meio-dia será divulgado o relatório de emprego JOLTs, que também pode dar mais sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve.
No Brasil, os olhares devem seguir voltados para a aprovação do orçamento com vetos, mas com a manutenção da meta de zerar o déficit fiscal em 2024.
No noticiário corporativo, a Sequoia (SEQL3) segue em destaque, após os papéis da companhia dispararem 107,8% na véspera, em linha com a potencial combinação de negócios com o Grupo MOVE3.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Cotações de Ações
Cotações extraídas em 03/01/2024 às 11:39
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
*Cotações extraídas em 03/01/2024 às 11:39
Cotação do dólar hoje
A cotação do dólar acentuou queda para 0,19% a R$ 4,9143.
À espera de indicadores econômicos e da ata da mais recente reunião do Federal Reserve, os juros dos títulos americanos avançam, bem como o dólar ante moedas fortes, emergentes e de exportadores de commodities. Nesse ambiente, a moeda americana negociada no Brasil abriu replicando o comportamento do ativo no exterior, mas agora se firma no campo negativo.
Bolsas da Ásia fecham em baixa
As bolsas asiáticas, em sua maioria, fecharam a sessão de hoje (03) em queda. Os mercados da Coreia do Sul e de Taiwan, que reúnem ações de fornecedores da Apple, estiveram entre os destaques negativos, após a gigante tecnológica ter sido rebaixada pelo Barclays.
Em Noba York, a Apple teve um tombo de quase 4% ontem, após o Barclays rebaixar sua recomendação para underweight (abaixo da média do mercado). Nessa esteira, na Coreira do Sul, o índice Kospi teve expressiva queda de 2,34% hoje, a 2.607,31 pontos, interrompendo uma sequência de quatro pregões positivos. Sob o “efeito Apple”, Samsung Electronics, LG Corporation e SK Hynix caíram em torno de 3%. Já o índice Taiex cedeu 1,65% em Taiwan, a 17.559,31 pontos, pressionado por Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC, -2,53%) e Hon Hai, -0,48%, também conhecida como Foxconn.
Na China continental, o desempenho das bolsas foi misto nesta quarta: o Xangai Composto subiu 0,17%, a 2.967,25 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,61%, a 1.812,71 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa de 0,85%, a 16.646,41 pontos, arrastado por ações de tecnologia. No Japão, não houve negócios devido a um feriado.
Na Oceania, o mercado australiano acompanhou o tom negativo da Ásia e ficou no vermelho. O S&P/ASX 200 caiu 1,37% em Sydney, a 7523.20 pontos, com perdas generalizadas e lideradas pelo setor de tecnologia da informação (TI).
Bolsas da Europa operam em queda
As bolsas europeias assumiram viés de baixa na manhã desta quarta-feira, depois de mostrarem bastante volatilidade desde a abertura dos negócios, à espera de indicações sobre a futura trajetória dos juros nos EUA.
Confira o desempenho dos índices perto das 10h30:
- Londres (FTSE100): -0,54% a 7.679 pontos
- Frankfurt (DAX): -0,85% a 16.627 pontos
- Paris (CAC 40): -1,31% a 7.432 pontos
- Madrid (Ibex 35): -0,77% a 10.103 pontos
- Europa (Stoxx 600): -1% a 4.467 pontos
Investidores demonstram cautela antes da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que será divulgada no meio da tarde, quando os negócios nos mercados acionários da Europa já estarão encerrados. Em dezembro, o BC americano sinalizou que poderá começar a reduzir juros este ano, mas há dúvidas sobre o ritmo em que a política monetária será relaxada.
Com a agenda europeia vazia, indicadores dos EUA também serão acompanhados. Estão previstos nas próximas horas o relatório Jolts sobre o mercado de trabalho e o PMI industrial medido pelo ISM. O PMI equivalente elaborado pela S&P Global já foi divulgado ontem.
Apesar do tom negativo, algumas ações europeias driblavam o mau humor. Em Copenhague, a Maersk saltava mais de 5%, após a gigante do transporte marítimo dinamarquesa anunciar que vai pausar operações no Mar Vermelho em meio a preocupações com segurança. Já em Paris, a Atos subia 2,3%, após notícia de que a Airbus está negociando a compra da unidade de cibersegurança da companhia francesa de serviços de TI, em um negócio estimado em até 1,8 bilhão de euros.
Cotação do Ibovespa na terça (02)
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (02) em queda de 1,11%, aos 132.696,63 pontos.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo